Volta a Portugal em 3 dias - Quinta de La Rosa
Ainda não estávamos refeitos da noite anterior, que terminou já depois das 3h da manhã, e já estávamos de saída do Hotel Vintage House, no Pinhão, a caminho da Quinta de La Rosa. Com algum atraso, mesmo, assim, lá chegamos à quinta, que se situa apenas a 3Km do Pinhão.
Para nos receber, estava já pronta a Sophia Bergqvist, que é nada mais nada menos, que a actual administradora da Quinta e bisneta do fundador da mesma. O Douro estava lindo, sem pinga de nuvem, com um calor matinal a prometer. A Sophia parecia também ela estar radiosa e bem disposta, pois recebeu-nos com uma enorme simpatia, que aliás lhe é característica. Tudo nos conformes para uma visita de sucesso e plena de interesse.
Começámos com a história da Quinta, onde fomos-nos apercebendo dos altos e baixos da família Bergqvist e os altos e baixos da Quinta, que quase sempre coincidiam com as graves crises económicas pelo qual o mundo passou. A meninice de Sophia foi passada ali, naquele lugar, que tem uma enorme magia, mercê da história que respira, basta ver o museu que é a Quinta de la Rosa, e também da vista exclusiva, como poucas quintas poderão alguma vez ter. Na altura, o que hoje é asfalto, era poeira, o que hoje é limpo, era sujo, no entanto, tal como nos confidenciou, havia sempre algo que a chamava para o Douro, havia já o chamamento para o seu destino, que já estava traçado há muito. Uma Consultora, que ganhava muito dinheiro, acabou por ser chamada para gerir a quinta da família. Não deve ter sido decisão nada fácil, pois por um lado o apelo forte do dinheiro, a vida já feita e prospera, mas por outro o coração, a paixão e o dever para com os seus antepassados. Começou obviamente por ser difícil, mas a sua paixão por aquela Quinta, por aquele Rio, e por aqueles vales, acabou por falar mais alto.
Bem haja, pois hoje é uma das poucas mulheres, de "Barba Rija", que governam os destinos de casas emblemáticas no Douro.
Um autentico museu é o que poderíamos chamar ao interior das habitações da Quinta de la Rosa. Cada canto, cada divisão está repleta de história da família. Ali, tudo é guardado com o maior carinho e devoção, desde a colecção de livros, passando pela mobília histórica e terminando na extraordinária varanda de cortiça, com uma incrível vista para o douro, que o avô de Sophia ofereceu à sua mulher. Cada passo que se percorre nestas casas, confunde-se com a própria história do Douro Vinhateiro. O meu primeiro apelo é realmente, para que quem nunca visitou, não hesite em entrar no espaço histórico da Quinta de la Rosa. Monumental.
A adega ainda mantém os traços dos tempos idos, onde se contam os velhos tonéis de vinho do Porto, o espaço reduzido de trabalho, mas que vai chegando para a encomendas e os lagares entretanto já adaptados a novas eras.
Muito bonita esta Quinta de La Rosa, que curiosamente já lá tinha estado, mas não tinha tido a oportunidade de a varrer a pente fino. Deslumbrante.
Passámos aos vinhos, obviamente, que a vontade já apertava. Acabámos por provar as novidades da casa, da ultima colheita.
A Quinta de la Rosa é daquelas quintas que tem uma matéria prima invejável, no entanto nada se faz sozinho, e no caso da la Rosa, existe um maestro, de seu nome, Jorge Moreira, que conduz, o destino dos vinhos desta casa.
Começámos pelos brancos, onde o Dourosa 2007 se mostrava bem fresco, bem apetecível, com notas vegetais e de citrinos. Por outro lado o Quinta de la Rosa 2008, mostrava-se fresco mas com uma excelente estrutura e equilíbrio. É um vinho mais sério, um vinho onde a barrica está cada vez mais afinada e cuja frescura e acidez mostram um vinho com possível guarda para os próximos anos. Muito bem feito e saboroso. Gostei bastante.
Nos tintos, o Pó de Poeira 2006, do Jorge Moreira, abria o caminho. Um vinho com um aroma fantástico e cada vez mais bem definido, onde sobressaem as notas florais, de frutos maduros e apontamentos minerais. Um vinho intenso, quanto rebelde. Mostra a natureza das vinhas mais jovens. Um vinho de irresistível sabor, um pouco quente, mas que não belisca o conjunto.
De volta aos vinhos da Quinta, foi a vez do La Rosa Reserve 2007. Mostrava-se um pouco fechado ainda, no entanto, as notas minerais, o fruto maduro e as notas de barrica mostravam o que nos vai aparecer dentro de alguns meses. Um belo vinho. O equilíbrio já é notório, e o final longo afiança a qualidade. Excelente.
Nos portos, o Vintage 2007, era o que mais aplausos agarrava. Está muito bem, com as suas notas de fruto preto bem maduro, licor, notas florais e as invocações minerais. Pareceu-me um perfil mais doce, mas equilibrado.
Parece estar já bem disponível para a prova, mas tem austeridade, taninos e estrutura para as próximas décadas. Muito bem.
Para nos receber, estava já pronta a Sophia Bergqvist, que é nada mais nada menos, que a actual administradora da Quinta e bisneta do fundador da mesma. O Douro estava lindo, sem pinga de nuvem, com um calor matinal a prometer. A Sophia parecia também ela estar radiosa e bem disposta, pois recebeu-nos com uma enorme simpatia, que aliás lhe é característica. Tudo nos conformes para uma visita de sucesso e plena de interesse.
Começámos com a história da Quinta, onde fomos-nos apercebendo dos altos e baixos da família Bergqvist e os altos e baixos da Quinta, que quase sempre coincidiam com as graves crises económicas pelo qual o mundo passou. A meninice de Sophia foi passada ali, naquele lugar, que tem uma enorme magia, mercê da história que respira, basta ver o museu que é a Quinta de la Rosa, e também da vista exclusiva, como poucas quintas poderão alguma vez ter. Na altura, o que hoje é asfalto, era poeira, o que hoje é limpo, era sujo, no entanto, tal como nos confidenciou, havia sempre algo que a chamava para o Douro, havia já o chamamento para o seu destino, que já estava traçado há muito. Uma Consultora, que ganhava muito dinheiro, acabou por ser chamada para gerir a quinta da família. Não deve ter sido decisão nada fácil, pois por um lado o apelo forte do dinheiro, a vida já feita e prospera, mas por outro o coração, a paixão e o dever para com os seus antepassados. Começou obviamente por ser difícil, mas a sua paixão por aquela Quinta, por aquele Rio, e por aqueles vales, acabou por falar mais alto.Bem haja, pois hoje é uma das poucas mulheres, de "Barba Rija", que governam os destinos de casas emblemáticas no Douro.
Um autentico museu é o que poderíamos chamar ao interior das habitações da Quinta de la Rosa. Cada canto, cada divisão está repleta de história da família. Ali, tudo é guardado com o maior carinho e devoção, desde a colecção de livros, passando pela mobília histórica e terminando na extraordinária varanda de cortiça, com uma incrível vista para o douro, que o avô de Sophia ofereceu à sua mulher. Cada passo que se percorre nestas casas, confunde-se com a própria história do Douro Vinhateiro. O meu primeiro apelo é realmente, para que quem nunca visitou, não hesite em entrar no espaço histórico da Quinta de la Rosa. Monumental.A adega ainda mantém os traços dos tempos idos, onde se contam os velhos tonéis de vinho do Porto, o espaço reduzido de trabalho, mas que vai chegando para a encomendas e os lagares entretanto já adaptados a novas eras.
Muito bonita esta Quinta de La Rosa, que curiosamente já lá tinha estado, mas não tinha tido a oportunidade de a varrer a pente fino. Deslumbrante.
Passámos aos vinhos, obviamente, que a vontade já apertava. Acabámos por provar as novidades da casa, da ultima colheita.
A Quinta de la Rosa é daquelas quintas que tem uma matéria prima invejável, no entanto nada se faz sozinho, e no caso da la Rosa, existe um maestro, de seu nome, Jorge Moreira, que conduz, o destino dos vinhos desta casa.
Começámos pelos brancos, onde o Dourosa 2007 se mostrava bem fresco, bem apetecível, com notas vegetais e de citrinos. Por outro lado o Quinta de la Rosa 2008, mostrava-se fresco mas com uma excelente estrutura e equilíbrio. É um vinho mais sério, um vinho onde a barrica está cada vez mais afinada e cuja frescura e acidez mostram um vinho com possível guarda para os próximos anos. Muito bem feito e saboroso. Gostei bastante.
Nos tintos, o Pó de Poeira 2006, do Jorge Moreira, abria o caminho. Um vinho com um aroma fantástico e cada vez mais bem definido, onde sobressaem as notas florais, de frutos maduros e apontamentos minerais. Um vinho intenso, quanto rebelde. Mostra a natureza das vinhas mais jovens. Um vinho de irresistível sabor, um pouco quente, mas que não belisca o conjunto.
De volta aos vinhos da Quinta, foi a vez do La Rosa Reserve 2007. Mostrava-se um pouco fechado ainda, no entanto, as notas minerais, o fruto maduro e as notas de barrica mostravam o que nos vai aparecer dentro de alguns meses. Um belo vinho. O equilíbrio já é notório, e o final longo afiança a qualidade. Excelente.
Nos portos, o Vintage 2007, era o que mais aplausos agarrava. Está muito bem, com as suas notas de fruto preto bem maduro, licor, notas florais e as invocações minerais. Pareceu-me um perfil mais doce, mas equilibrado.
Parece estar já bem disponível para a prova, mas tem austeridade, taninos e estrutura para as próximas décadas. Muito bem.

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