Nunca é tarde demais para colher um sonho
Palmela - Escolha António Saramago 2003
É com a frase acima que inicia o contra-rotúlo deste vinho que é feito exclusivamente da casta Castelão e que estagiou em barricas de carvalho francês. Com 14% vol e com uma côr granada, na primeira vez que cheguei junto do copo às narinas a lembrança remontou de imediato à minha juventude e, mais propriamente a um armário velho que existia por casa dos meus avós (ainda me lembrei de passar horas de alfinete na mão a enfiar nas buraquinhos da madeira para ouvir estalar o triste do caruncho). A partir desse momento, no nariz, nada mais que a dispensinha de especiarias cá de casa. Este vinho é só especiaria onde encontramos, pimenta, noz moscada, cravinho, canela e cravo da india apoiados, com um pequeno aumento da temperatura no copo, por pequenos apontamentos de chocolate, menta e algum vegetal. Na boca é realmente um vinho cheio, volumoso e com taninos presentes que podem sugerir mais um pouco de descanço em garrafa. Ora aqui está um vinho atípico para a região que representa mas que nunca é tarde demais....para esperar por ele.
Nota 16,5
É com a frase acima que inicia o contra-rotúlo deste vinho que é feito exclusivamente da casta Castelão e que estagiou em barricas de carvalho francês. Com 14% vol e com uma côr granada, na primeira vez que cheguei junto do copo às narinas a lembrança remontou de imediato à minha juventude e, mais propriamente a um armário velho que existia por casa dos meus avós (ainda me lembrei de passar horas de alfinete na mão a enfiar nas buraquinhos da madeira para ouvir estalar o triste do caruncho). A partir desse momento, no nariz, nada mais que a dispensinha de especiarias cá de casa. Este vinho é só especiaria onde encontramos, pimenta, noz moscada, cravinho, canela e cravo da india apoiados, com um pequeno aumento da temperatura no copo, por pequenos apontamentos de chocolate, menta e algum vegetal. Na boca é realmente um vinho cheio, volumoso e com taninos presentes que podem sugerir mais um pouco de descanço em garrafa. Ora aqui está um vinho atípico para a região que representa mas que nunca é tarde demais....para esperar por ele.
Nota 16,5
3 comentários:
É um belo vinho sim senhor!
E se tenho direito a comparar, concordo a 100% com a tua nota de prova. Cheio de especiarias, marcado pelas notas doces e gulosas da barrica, onde a casta parece estar num 2º plano, que certamente com o tempo abrirá e fará um belo vinho.
Fez-me lembrar um vinho que bebi contigo lá no Douro.
Era o borgonhês La Syriare 2004 certo? Cheio de cravinho e outras especiarias gulosas...
Um abraço
Por acaso lembrei-me desse vinho.São parecidos em termos aromáticos. No entanto o La Syrare é um Rhône, Southern Rhône, Côtes du Vivarais.
Abraço
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