Dia 2 (18 de Maio) - Parte 3 de 3
Após a visita memorável à Casa de Santar dirigimo-nos para um dos mais badalados, pelo menos ultimamente, produtores do Dão. A Quinta das Marias
Numa Região onde praticamente todos os que produzem vinho são Portugueses com ligação à região ou que tenham investido nela e no vinho, existe um produtor Suíço que tem tido uma intensa e interessante aventura.
Peter Eckert é um apaixonado pelo vinho e pela sua Quinta. Contou-nos que teve várias hipóteses de comprar uma quinta em vários locais mas diz que a Quinta das Marias foi amor à primeira vista. É realmente um homem apaixonado em tudo o que faz, mas quando começa a falar de vinho e especialmente das experiências que vai fazendo na adega, então aí o brilho em seus olhos mostra o interior do seu coração.
Ora bem, depois de uma visita curta pela adega, até porque não é muito grande, e de nos mostrar as suas ultimas inovações e experiências, entramos então na provas de vinhos:
Brancos
Quinta das Marias Encruzado 2007
Aroma de intenso vegetal, com notas de de hortelã. Muito equilibrado e com excelente acidez, denota muita frescura.
Quinta das Marias Encruzado "Barricas" 2007
Mantém o perfil aromático do "sem barricas". Denota um vinho muito jovem que ainda não acalmou toda esta vertente vegetal. Boca de bom volume mas muito fresca e equilibrada. Denota um belo trabalho com a madeira. Um belo vinho
Rosés
Quinta das Marias Rosé 2007
Aromático, com notas de morango e alguma sugestão de rebuçado. Boca de frescura e boa acidez.
Tintos
Quinta das Marias Garrafeira 2005
Curiosamente não tinha a mesma intensidade que constatei da ultima vez, achei-o ainda fechado, até mesmo sisudo, mas isso terá eventualmente a ver com o facto de o vinho ter sido aberto no momento. Boca cheia e de potência. Termina longo
Quinta das Marias Alfrocheiro 2006
Muito interessante o perfil deste vinho. Não fosse a certeza de ser um Alfrocheiro, apostava na casta Pinot Noir. Muito delicado e elegante no aroma. Boca equilibrada e elegante. Uma surpresa.
Quinta das Marias Cuvée TT 2006
Aroma muito interessante e boa intensidade. Fruto maduro e especiarias. Boca de boa estrutura e intensidade.
Quinta das Marias Touriga Nacional 2006
Este era o vinho que ansiosamente esperava por provar, face ao sucesso do seu antecessor. Muito menos exuberante é a constatação a que cheguei de imediato. Mas e a qualidade? Bom, penso que ainda que eventualmente estará uns furinhos abaixo do 2005 mas não deixando de ser um belo vinho. 2006 continua a ser um ano, com derrotismo por parte dos nossos produtores, um ano difícil e isso pode ser a principal razão na pequena diferença entre as duas colheitas. Neste momento temos um aroma de fruto maduro, um aroma mais sóbrio mas que continua evidencias as notas florais. A estrutura e potência do vinho mantém-se.
Em jeito de resumo, continuo a achar que este produtor sabe muito bem o que está a fazer e mesmo o que quer no futuro. A curiosidade é o facto dos seus brancos de 2007 serem completamente diferentes dos anteriores, aliás completamente diferentes não, o Encruzado mostra é uma das suas outras facetas, a vegetal. Em breve estes brancos estarão muito melhores. A surpresa é um Alfrocheiro com invocações da casta Pinot Noir. No mínimo interessante.
Parece-me que este produtor consegue manter uma qualidade invejável mesmo em anos mais difíceis, o que é de louvar. Espero ainda que mantenha esta alma experimentalista e apaixonada pois é desse espírito que resultam os vinhos que tem feito.
Após a prova, fomos brindados com um fantástico jantar, na companhia de Peter e de sua adorável Esposa. Neste jantar pude verificar a cumplicidade dos vinhos da Quinta das Marias com a comida. O "Barricas", para as entradas de presunto e de queijo da serra, e o Garrafeira, para o cabrito, encaixaram na perfeição.
Numa Região onde praticamente todos os que produzem vinho são Portugueses com ligação à região ou que tenham investido nela e no vinho, existe um produtor Suíço que tem tido uma intensa e interessante aventura.
Peter Eckert é um apaixonado pelo vinho e pela sua Quinta. Contou-nos que teve várias hipóteses de comprar uma quinta em vários locais mas diz que a Quinta das Marias foi amor à primeira vista. É realmente um homem apaixonado em tudo o que faz, mas quando começa a falar de vinho e especialmente das experiências que vai fazendo na adega, então aí o brilho em seus olhos mostra o interior do seu coração.
Ora bem, depois de uma visita curta pela adega, até porque não é muito grande, e de nos mostrar as suas ultimas inovações e experiências, entramos então na provas de vinhos:
Brancos
Quinta das Marias Encruzado 2007
Aroma de intenso vegetal, com notas de de hortelã. Muito equilibrado e com excelente acidez, denota muita frescura.
Quinta das Marias Encruzado "Barricas" 2007
Mantém o perfil aromático do "sem barricas". Denota um vinho muito jovem que ainda não acalmou toda esta vertente vegetal. Boca de bom volume mas muito fresca e equilibrada. Denota um belo trabalho com a madeira. Um belo vinho
Rosés
Quinta das Marias Rosé 2007
Aromático, com notas de morango e alguma sugestão de rebuçado. Boca de frescura e boa acidez.
Tintos
Quinta das Marias Garrafeira 2005
Curiosamente não tinha a mesma intensidade que constatei da ultima vez, achei-o ainda fechado, até mesmo sisudo, mas isso terá eventualmente a ver com o facto de o vinho ter sido aberto no momento. Boca cheia e de potência. Termina longo
Quinta das Marias Alfrocheiro 2006
Muito interessante o perfil deste vinho. Não fosse a certeza de ser um Alfrocheiro, apostava na casta Pinot Noir. Muito delicado e elegante no aroma. Boca equilibrada e elegante. Uma surpresa.
Quinta das Marias Cuvée TT 2006
Aroma muito interessante e boa intensidade. Fruto maduro e especiarias. Boca de boa estrutura e intensidade.
Quinta das Marias Touriga Nacional 2006
Este era o vinho que ansiosamente esperava por provar, face ao sucesso do seu antecessor. Muito menos exuberante é a constatação a que cheguei de imediato. Mas e a qualidade? Bom, penso que ainda que eventualmente estará uns furinhos abaixo do 2005 mas não deixando de ser um belo vinho. 2006 continua a ser um ano, com derrotismo por parte dos nossos produtores, um ano difícil e isso pode ser a principal razão na pequena diferença entre as duas colheitas. Neste momento temos um aroma de fruto maduro, um aroma mais sóbrio mas que continua evidencias as notas florais. A estrutura e potência do vinho mantém-se.
Em jeito de resumo, continuo a achar que este produtor sabe muito bem o que está a fazer e mesmo o que quer no futuro. A curiosidade é o facto dos seus brancos de 2007 serem completamente diferentes dos anteriores, aliás completamente diferentes não, o Encruzado mostra é uma das suas outras facetas, a vegetal. Em breve estes brancos estarão muito melhores. A surpresa é um Alfrocheiro com invocações da casta Pinot Noir. No mínimo interessante.
Parece-me que este produtor consegue manter uma qualidade invejável mesmo em anos mais difíceis, o que é de louvar. Espero ainda que mantenha esta alma experimentalista e apaixonada pois é desse espírito que resultam os vinhos que tem feito.
Após a prova, fomos brindados com um fantástico jantar, na companhia de Peter e de sua adorável Esposa. Neste jantar pude verificar a cumplicidade dos vinhos da Quinta das Marias com a comida. O "Barricas", para as entradas de presunto e de queijo da serra, e o Garrafeira, para o cabrito, encaixaram na perfeição.
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